quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Rebelião Contra Deus



REBELIÃO CONTRA DEUS
Para que a profecia bíblica sobre o fim dos tempos faça sentido, é preciso entender primeiro o que aconteceu no princípio de tudo, a fim de saber para onde vamos e por que a história humana caminha nessa direção. Embora o ser humano esteja visceralmente envolvido no desdobramento da história, ninguém vai conseguir entender o propósito e o objetivo dela sem antes conhecer o que Deus revela acerca da esfera angelical. Tudo começou quando Satanás declarou a sua independência de Deus logo depois da criação.
Começa a Batalha Pelo Planeta Terra
Os textos de Ezequiel 28 e Isaías 14 são as duas principais passagens bíblicas que mostram a entrada do pecado no universo por ocasião da queda de Satanás. O capítulo 28 de Ezequiel inicia com um pronunciamento de juízo contra o príncipe de Tiro, que demonstra ser uma referência a Lúcifer, ou seja, Satanás, aquele que realmente atua por detrás desse rei humano (Ez 28.11-19). Os versículos 14 e 15 de Ezequiel 28 dizem: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti”. Apesar de ter sido criado em beleza e perfeição, Satanás, o anjo de Deus mais elevado na hierarquia angelical, caiu em pecado e arrastou consigo um terço dos outros anjos (Ap 12.4,9).
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“Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (Isaías 14.15).
O texto de Isaías 14 é a outra passagem bíblica fundamental para nos esclarecer acerca da queda de Satanás. O profeta registra a famosa declaração de Satanás em sua rebelião contra Deus: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (vv. 13-14). Deus respondeu a tal declaração da seguinte forma: “Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” (v. 15). Satanás se tornou o inimigo de Deus, um adversário que se levantou com o intuito de destronar Deus e impedir o plano divino para a história.
Depois que caiu em pecado, Satanás partiu para expandir sua influência através da tentação de Adão e Eva, que tinham sido criados recentemente, para levá-los a se unirem a ele em sua rebelião contra Deus. Em conseqüência da participação de Satanás no engano de Eva a fim de que o ser humano se juntasse a ele na revolta contra Deus, o Senhor amaldiçoou a serpente e a mulher nos seguintes termos: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). O grande conflito entre a descendência da serpente e o descendente da mulher começou a ser travado a partir daquele momento.
Satanás Difama a Deus
O livro de Jó é o primeiro livro da Bíblia revelado por Deus ao ser humano e, portanto, é o mais antigo livro do cânon das Escrituras. Eu creio que o livro funciona como uma espécie de prolegômeno* da Bíblia. Identificamos o tema geral da história na vida de Jó, um personagem bíblico que viveu antes de Abraão. Naquele contexto, percebe-se que Deus demonstrava alguma verdade ao conselho angelical** através dos acontecimentos na vida de Jó. Apesar das terríveis provações que Jó suportou, Deus abençoou esse homem no fim de sua vida muito mais do que o abençoara no começo, desbancando, desse modo, a falácia da acusação satânica fundamental de que Deus não sabe o que faz. O restante da Bíblia e a história comprovam essa tese com muito mais detalhes que envolvem não somente o povo de Israel , mas também a Igreja e outros grupos de pessoas redimidas.
No começo do relato da história de Jó, quando os anjos (tanto os caídos quanto os santos anjos) compareceram perante Deus, perguntou o Senhor a Satanás: “Donde vens? Satanás respondeu ao Senhor e disse: De rodear a terra e passear por ela” (Jó 1.7). À medida que acompanhamos o desenrolar do diálogo entre Deus e Satanás, descobrimos que, apesar de o diabo ter poder para investir contra a vida de seres humanos, isso não quer dizer, necessariamente, que ele possa fazê-lo quando bem entender. Satanás precisa da permissão de Deus para provocar calamidades na vida de um ser humano.
O Senhor iniciou sua conversa com Satanás perguntando o seguinte: “Observaste o meu servo Jó?” (Jó 1.8). Em seguida, Satanás solicitou a permissão do Senhor para causar danos a Jó. Satanás obviamente não pediria consentimento numa questão como essa, se não fosse necessário. O diabo admitiu que Deus fizera uma cerca viva (i.e., uma cerca de proteção) ao redor da vida de Jó e de sua família, proteção essa que o impedia de atacar sorrateiramente a Jó sem a permissão de Deus. Após conceder permissão a Satanás, o Senhor estabeleceu os limites de sofrimento que ele poderia infligir a Jó (cf. Jó 1.12; Jó 2.6).
Durante o diálogo entre Deus e Satanás, o diabo acusa o Senhor de não ser um Deus bom, de não saber o que faz e de ser Alguém que só obtém a lealdade do ser humano porque compra a pessoa com bens e benefícios. Percebe-se que o alvo de Satanás é obstruir o progresso do plano de Deus para que possa provar sua tese de que Deus não sabe governar o universo; na realidade, Satanás acredita que é capaz de governar melhor do que Deus. Essa é a razão pela qual a luta entre a descendência da serpente e o descendente da mulher se trava na história e chegará ao seu clímax nos últimos dias, durante o período de sete anos da Tribulação.
Satanás Ataca Israel
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Todo o capítulo 12 do livro de Apocalipse mostra a razão pela qual Satanás atacará Israel no meio do período da Tribulação e tentará eliminá-lo, ou seja, porque Satanás sabe que, àquela altura, pouco tempo lhe restará para evitar o cumprimento final do plano de Deus.
O conflito entre o descendente da mulher e a descendência da serpente concentrou seu foco sobre Israel porque o Messias viria da nação eleita de Deus. Portanto, se Satanás em alguma ocasião conseguisse frustrar o plano de Deus e impedir sua concretização na história, teria atingido seu intento de obstruir o propósito de Deus e teria provado sua alegação inicial de que o Senhor não merece ser Deus, o Altíssimo.
Todo o capítulo 12 do livro de Apocalipse mostra a razão pela qual Satanás atacará Israel no meio do período da Tribulação e tentará eliminá-lo, ou seja, porque Satanás sabe que, àquela altura, pouco tempo lhe restará para evitar o cumprimento final do plano de Deus. O objetivo essencial de Satanás é impedir a Segunda Vinda de Cristo. Como ele poderia alcançar esse objetivo? Ele acredita que pode atingi-lo pela destruição dos judeus. A Segunda Vinda de Cristo acontecerá no momento em que a nação de Israel aceitar Jesus como seu Messias e invocar Seu nome para que Ele os salve no Armagedom. Se esse acontecimento milagroso não ocorresse, Israel seria aniquilado naquele momento da Grande Tribulação. Desse modo, o capítulo 12 de Apocalipse oferece uma compreensão clara desse conflito que vem sendo travado há milênios, desde o início deste mundo, e que perdura para se tornar uma questão de extrema importância no ponto culminante da história. O texto de Apocalipse 12 nos mostra que um terço dos anjos caiu em pecado e seguiu a Satanás por ocasião da sua revolta inicial. Entendemos esse fato ao constatarmos que as estrelas nessa passagem simbolizam os anjos (compare com Apocalipse 9.1; 12.7,9).“Essa foi uma guerra no céu que ocasionou a expulsão de Satanás e seus anjos para a terra antes do nascimento do filho da mulher, donde se conclui que tal acontecimento faz parte da história passada. Uma segunda guerra é mencionada em Apocalipse 12.7-9, que vem a ser a última tentativa satânica de conquistar o céu e exterminar o menino após o seu nascimento”.[1]
A segunda parte do versículo 4 é uma clara referência a Satanás (i.e., “o dragão”) que pára em frente da mulher que está para dar à luz (i.e., Israel ), numa tentativa de impedir o nascimento de Jesus, o Messias, o menino ao qual a mulher deu à luz no passado. Satanás não sabia o momento exato do nascimento do Messias, de forma que aguardou com muita expectativa pela vinda do descendente da mulher. A tentativa satânica de “devorar o filho [da mulher] quando nascesse” é vista no Novo Testamento naquela ocasião em que Satanás instigou o rei Herodes a tramar uma conspiração para achar o menino Jesus e matá-lo (Mt 2). Diante do fato de que os acontecimentos históricos envolvidos no nascimento de Jesus faziam parte do conflito angelical, o Senhor advertiu os magos do Oriente em sonho “para não voltarem à presença de Herodes”, pelo que eles, “regressaram por outro caminho a sua terra” (Mt 2.12). Satanás estava prestes a incitar Herodes para que este mandasse matar todos os nenês do sexo masculino da faixa etária de Jesus, porém, “tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mt 2.13). Deus sempre está um passo à frente de Satanás.
Ao longo da história, fatos como os que acabamos de mencionar fazem parte do conflito angelical, da guerra entre a descendência da serpente e o descendente da mulher. Robert L. Thomas faz o seguinte resumo dos principais acontecimentos da história:
As más intenções do dragão para com o filho que estava para nascer à mulher ficam evidentes em toda a história do Antigo Testamento. Indícios da sua hostilidade vêm à tona no assassinato de Abel pelas mãos de Caim (Gn 4.8), na corrupção da linhagem de Sete (Gn 6.1-12), nas tentativas de violar sexualmente tanto Sara (Gn 12.10-20; 20.1-18) quanto Rebeca (Gn 26.1-18), no plano de Rebeca para tirar o direito de primogenitura de Esaú através de uma trapaça, ocasionando a inimizade de Esaú contra Jacó (Gn 27), no assassinato de todos os nenês hebreus do sexo masculino por ordem do Faraó no Egito (Êx 1.15-22), nas tentativas de assassinar Davi (por exemplo, 1 Sm 18.10-11), na tentativa da rainha Atalia de destruir toda a descendência real de Judá (2 Cr 22.10), na trama de Hamã para exterminar os judeus (Et 3-9), e nas constantes tentativas dos israelitas de matarem seus próprios filhos em atos de sacrifício com finalidade expiatória (cf. Lv 18.21; 2 Rs 16.3; 2 Cr 28.3; Sl 106.37-38; Ez 16.20).
A investida de Herodes para matar os nenês da região de Belém (Mt 2.16) e muitos outros incidentes durante a vida de Jesus neste mundo, inclusive Sua tentação, tipificam o contínuo esforço de Satanás para “devorar” o filho da mulher a partir do momento que o menino nasceu. Naturalmente a tentativa mais direta foi a crucificação de Cristo.[2]
A profecia é necessária para que, no decorrer da história, Deus demonstre por evidências que Jesus Cristo tem o direito de governar o planeta Terra e que Satanás não passa de um mentiroso em tudo o que fala, principalmente nas referências que ele faz a Deus. Essa é a razão pela qual Deus planejou acontecimentos proféticos que se cumprirão no futuro e que comprovarão que Jesus Cristo é o herói da história. Maranata

sábado, 21 de agosto de 2010

ASSPRE -Depoimento EV Salon

ASSPRE -Depoimento -Pr Geraldo Damas

Elienay Sax -Tudo é Teu.

grande cidade, Babilônia

Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo” (Ap 18.10).
A guerra no Iraque – a antiga Babilônia – tem ocupado as manchetes nos últimos anos. Será que a Bíblia tem algo a dizer sobre o papel a ser desempenhado pela Babilônia no futuro? A Babilônia mencionada na Bíblia tem alguma relação com o Iraque de nossos dias?
Essas questões podem ser solucionadas respondendo à seguinte pergunta: todas as referências bíblicas à Babilônia devem ser interpretadas literalmente ou não? Eu creio que sim. O Dr. Charles Dyer declara:
A Bíblia menciona o termo Babilônia mais de duzentas e oitenta vezes, e muitas dessas referências dizem respeito à futura cidade de Babilônia que será edificada na areia fina do atual deserto.[1]
Na verdade, depois de Jerusalém, Babilônia é a cidade mais citada em toda a Bíblia. Mas qual será o seu destino profético? Para entendermos esse assunto de maneira adequada, precisamos iniciar a nossa viagem explorando o passado da Babilônia, já que os fatos relacionados ao seu nascimento prestam auxílio no esclarecimento de seu papel futuro.

O Passado de Babilônia

A antiga cidade de Babilônia começou imediatamente após o Dilúvio e simboliza a expressão da rebelião direta do homem contra Deus e contra a Sua ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9.1b). Portanto, o reinado humano começou na Babilônia com uma rebelião clara e evidente contra Deus. O Senhor interveio e espalhou a humanidade rebelde confundindo seus idiomas. O nome “Babel” foi dado à cidade de Ninrode, por causa da sentença de Deus sobre seus habitantes (Gn 11.1-9). O Dr. Dyer explica:
Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder. Babilônia, a cidade feita por homens, que tenta se elevar até o céu, foi construída em direta oposição ao plano de Deus.[2]
A Babilônia estava novamente em primeiro plano no sexto século antes de Cristo[3] quando Deus enviou o Reino do Sul de Israel (Judá) para os setenta anos de cativeiro. Foi nessa época que Daniel recebeu de Deus muitas de suas visões proféticas. Nessas revelações, a Babilônia foi o primeiro dos quatro grandes impérios que se levantaram durante os “tempos dos gentios” (Dn 2 e 7). A história revela que a Babilônia sofreu um declínio até o segundo século depois de Cristo, quando ficou deserta. Essa cidade soterrada sob as areias do tempo durante os últimos mil e setecentos anos recomeçou sua ascensão no século passado. Espere mais um pouco e você verá a Babilônia tornando-se uma força religiosa, comercial e politicamente dominante no mundo, pois os capítulos 17 e 18 de Apocalipse predizem sua destruição, mas, para ser a cidade que essas profecias projetam, Babilônia precisa ser reconstruída em grande escala, voltando a ser como nos dias de Nabucodonosor.

O Futuro de Babilônia

Como a Babilônia desempenhou um importante papel no passado, também já está agendado por Deus – segundo foi revelado na profecia – que ela desempenhará um papel central no futuro. Ela se tornará, provavelmente, a capital do Anticristo durante os futuros sete anos de tribulação, conforme retratado na série de ficção Deixados para Trás de Tim LaHaye e Jerry Jenkins.
A Babilônia foi a cidade mais importante do mundo por quase 2000 anos, e a Bíblia nos diz que será reerguida e colocada no palco mundial do fim dos tempos para representar um papel de destaque (Ap 14.8; Ap 16.19; Ap 17 e Ap 18). A profecia referente ao final dos tempos exige que a Babilônia seja reconstruída e se torne uma cidade importante aos interesses mundiais durante a Tribulação. O texto de Isaías 13.19 diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”. O contexto de Isaías 13 é “o Dia do Senhor”, expressão mais utilizada no Antigo Testamento para o termo largamente conhecido como “Tribulação”. Além disso, no passado a Babilônia foi conquistada por outros povos mas nunca foi destruída num cataclismo (ou seja, “como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”). Atualmente a [região de] Babilônia tem aproximadamente 250.000 habitantes. O texto de Apocalipse 18.16,19 fala de uma súbita destruição pela mão de Deus: “Ai! Ai! da grande cidade,... porque, em uma só hora, foi devastada!” O Dr. Arnold Fruchtenbaum declara:
As profecias referentes à cidade de Babilônia nunca se cumpriram no passado, o que qualquer enciclopédia pode testificar. Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o atual Iraque.[4]
A Babilônia tem um importante papel na história futura, mas será totalmente destruída num determinado momento ainda por vir.
Em Apocalipse 17-18 Babilônia é citada como sendo a fonte da religião, do governo, e da economia ímpios. Todos os aspectos injustos da sociedade do fim dos tempos são, finalmente, derivados de uma fonte babilônica. O verdadeiro caráter de Babilônia é revelado a João em Apocalipse 17.5 como um mistério assim descrito:
“BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.
Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação. O Dr. Dyer nos informa:
...em Apocalipse 17 João descreve a visão em duas partes. A primeira parte fala de uma mulher identificada como Babilônia. Simboliza uma cidade de extrema riqueza que controla – “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17.15). Ela é literalmente a cidade de Babilônia reconstruída.[5]
Esses povos, multidões, nações e línguas vão continuar sua tarefa de enganar, mas sofrerão o juízo de Deus durante e no final da Tribulação. Encontramos o mesmo parecer sobre Babilônia e a descrição de um destino semelhante em Apocalipse 18 referindo-se à Babilônia comercial.

Uma Babilônia Literal

Ao longo da história da Igreja, grande parte dos intérpretes da Bíblia pensava que essa Babilônia fosse um tipo de palavra-código referente a alguma entidade como o Império Romano, o catolicismo romano, o cristianismo apóstata ou mesmo os Estados Unidos ou a Inglaterra. Entretanto, creio que, assim como o termo “Israel” na Bíblia sempre se refere a Israel, o termo “Babilônia” sempre se refere à Babilônia.
Falso proe]feta
Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação.
Em primeiro lugar, creio que o livro de Apocalipse é uma grande estação central para onde convergem todas as profecias bíblicas referentes ao futuro. O Dr. Fruchtenbaum explica esse fato da seguinte maneira:
As profecias do Antigo Testamento estão espalhadas pelos livros de Moisés, de vários profetas e pelos livros históricos. Seria impossível desenvolver qualquer seqüência cronológica dos eventos mencionados nessas profecias. O valor do livro de Apocalipse não está no fato de oferecer novas informações, mas em ordenar as profecias do Antigo Testamento em seqüência cronológica, possibilitando determinar a ordem dos eventos.[6]
Quando se estuda o que Deus declara acerca da Babilônia no livro de Apocalipse, obviamente vemos que essas profecias não se cumpriram em acontecimentos passados e, portanto, terão seu cumprimento em eventos futuros. Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, que falam sobre a Babilônia, fazem muitas alusões a ela citando profecias do Antigo Testamento como Isaías 13 e 14, Jeremias 50 e 51 e Zacarias 5.5-11.[7] A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”.[8] O Dr. Robert Thomas prossegue, dizendo:
...no dia vindouro, predito nas páginas dessa profecia, essa cidade se tornará o foco central de todo o sistema religioso que se opõe decididamente à verdade da fé cristã. O sistema religioso prosperará durante algum tempo, exercendo influência sobre as instituições comerciais e políticas de sua época, até que a Besta e os dez reis determinem que esse sistema já não tem qualquer utilidade para seus propósitos. Eles, então, o desmantelarão.[9]
A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um futuro próximo.

Uma “Exegese de Jornal”?

Os preteristas, como Gary DeMar, por exemplo, zombam da perspectiva de voltar a existir uma Babilônia reconstruída no futuro e desempenhando um papel na profecia do fim dos tempos. “Será que deveríamos esperar uma reconstituição de Babilônia no futuro, tendo por base os eventos descritos no livro de Apocalipse?”, pergunta DeMar. “A Babilônia de Apocalipse é a mesma Babilônia do Antigo Testamento?... De jeito nenhum”.[10] DeMar acredita que aqueles que vêem uma correlação entre os eventos atuais e a preparação feita por Deus para o futuro período de Tribulação estão desenvolvendo uma “exegese de jornal”. Diz ele que estamos “lendo a Bíblia pela lente dos acontecimentos atuais”.[11] Porém, eu argumento que ocorre exatamente o contrário.
Babilonia
A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”. Na foto: uma vista do Rio Eufrates a partir da represa de Hadithah.
Os intérpretes literalistas da Bíblia há muito tempo têm ensinado que Israel deve retornar à sua terra antes da Tribulação, fundamentados na sua compreensão do cronograma profético. Isso aconteceu com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948. Os judeus estão de volta à sua terra e posicionados para cumprir o seu destino quando a Tribulação começar. No passado, antes de 1948, os intérpretes literalistas não se baseavam naquilo que os jornais diziam para crer no que a Bíblia profetizava. Pelo contrário, eles criam que Israel seria restaurado porque a Bíblia assim o dizia. O que realmente acontece é que Deus está cumprindo Suas profecias perante um mundo observador e os jornais apenas relatam os fatos. Se a convicção de que Deus cumpre o que diz tivesse sido uma espécie de “exegese de jornal”, antes de 1948 não teríamos começado a proclamar a nossa certeza de que Israel seria restabelecido. Contrariando essa “exegese de jornal”, os estudiosos da Bíblia já proclamavam o retorno de Israel à sua terra como um evento futuro centenas de anos antes que ocorresse.
Por semelhante modo, estudiosos da profecia também têm ensinado, há muitos anos, que haverá um ressurgimento do Império Romano e que a cidade de Babilônia será reconstruída, já que essas entidades desempenharão um papel específico durante o futuro período da Grande Tribulação. Antes que Saddam Hussein subisse ao poder, Charles Dyer concluiu a sua tese de mestrado no Seminário Teológico de Dallas (em maio de 1979) falando da futura reconstrução de Babilônia. Bem antes de seu tempo, um significativo grupo de estudiosos da Bíblia argumentava “em alto e bom som” que a Bíblia prediz uma futura reconstrução da cidade de Babilônia às margens do Rio Eufrates [ou seja, a idéia de uma Babilônia reconstruída não é tão nova].
Em minha biblioteca limitada encontrei uma porção de autores que, baseados em Apocalipse 17 e 18, ensinaram a respeito de uma futura Babilônia. Nesse grupo estão incluídos: B. W. Newton (1853),[12] G. H. Pember (1888),[13] J. A. Seiss (1900),[14] Clarence Larkin (1918),[15] Robert Govett (1920),[16] E. W. Bullinger (1930),[17] William R. Newell (1935),[18] F. C. Jenings (1937),[19] David L. Cooper (1942)[20] e G. H. Lang (1945).[21] Tenho certeza que muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista.

Conclusão

Visto que uma Babilônia literal terá uma função na Tribulação vindoura, é razoável que a guerra no Iraque, embora não seja um cumprimento da profecia bíblica, sem dúvida está posicionando a Babilônia para a sua iminente tarefa. Será muito interessante observarmos quais serão os desdobramentos dessa guerra e que reflexões podemos fazer quanto à sua influência ou não na preparação do palco para a Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)